A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), a “Operação Livro Aberto”, que visa a reprimir a prática dos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação no ano de 2018.
Entre os alvos estão o ex-deputado estadual e atual secretário de Estado de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba, Lindolfo Pires, e o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos). Ainda são investigados: o deputado estadual Tião Gomes (PSB), os ex-deputados Edmilson Soares e Genival Matias (já falecido) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima, segundo divulgação do jornalista Suetoni Souto Maior.
Foram cumpridos 12 mandados. Em João Pessoa, os agentes da PF cumpriram mandados nos bairros de Miramar, Manaíra, Altiplano e Tambauzinho; em Campina Grande, nos bairros de Monte Santo, Alto Branco, Centenário e Malvinas. Dois mandados também foram cumpridos em Lagoa Seca, e outros dois em Pernambuco e Alagoas.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, além da indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário público em valores que superam 4 milhões de reais.
O cumprimento das medidas cautelares tem o objetivo de colher elementos informativos para investigação iniciada em 2019, que apura o possível pagamento de propina a agentes políticos no Estado da Paraíba.
A Secretaria de Educação do Estado da Paraíba informou que não se posicionará sobre a operação, pois ela que ocorreu, à época, em outra gestão. O Portal Pop Notícias tentou contato com o secretário Lindolfo Pires e o deputado estadual Branco Mendes, mas não obteve nenhuma resposta de ambos. A reportagem ainda não conseguiu contato com os outros citados.