A audiência de instrução do processo que investiga um esquema de desvio de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, foi pela segunda vez adiada. Prevista para ser retomada nesta quinta-feira (13) no Fórum Criminal da capital paraibana, a sessão foi adiada após a Justiça aceitar a alegação da defesa de uma das rés, que afirmou ter tido acesso apenas parcial à denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba, o que poderia comprometer o direito à defesa. A continuidade do processo foi remarcada para o dia 12 de julho.
Os réus no processo são o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor geral do Hospital Padre Zé, a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas Miranda e Silva, e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas, que são investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital. A defesa de Amanda realizou o pedido de adiamento da audiência.
A primeira audiência já havia sido suspensa no dia 20 de maio. Naquela ocasião, sete testemunhas foram ouvidas, sendo seis indicadas pelas defesas e uma pela acusação. No entanto, pouco antes de começarem os depoimentos dos réus, a defesa de Egídio de Carvalho destacou que algumas testemunhas indicadas por ele, que não compareceram, precisavam ser ouvidas, o que resultou no adiamento.
Ainda faltam ser ouvidas as testemunhas ausentes indicadas pelo padre e os três réus. A expectativa é que isso aconteça dentro de um mês.
Mais um processo
Há um segundo processo contra os mesmos réus, além do empresário João Diógenes de Andrade Holanda, acusados de envolvimento em uma compra fraudulenta de computadores pelo Hospital Padre Zé. A audiência de instrução, inicialmente marcada para 27 de maio, foi adiada após a Justiça acolher algumas questões de ordem levantadas pela defesa do empresário. Uma nova data para a audiência ainda não foi definida, pois depende da análise das questões aceitas, que ainda estão pendentes.