A Paraíba possui um índice de cobertura vacinal abaixo do estimado pela meta prevista no âmbito nacional de vacinação. Atualmente, o estado registra uma cobertura vacinal de 14,61%, considerando a meta nacional de 95%, o que representa um déficit de 80,39 pontos percentuais. Esse resultado motivou a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, em toda Paraíba, até o dia 30 de junho.
O público-alvo são crianças de 1 a 4 anos de idade. A doença – A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível.. Entre os sintomas estão febre, dor de garganta e dor de cabeça. Mas em casos mais graves podem ocorrer paralisias musculares.
A chefe do Núcleo de Imunização da SES, Márcia Mayara, explicou a ampliação do prazo para a vacinação. “Definimos essa prorrogação, após analisarmos a baixa cobertura vacinal na Paraíba, tendo em vista o curto prazo da campanha que teve início em 27 de maio e encerrou-se na sexta-feira, dia 14. Por isso, reforçamos a importância dos pais, mães e responsáveis levarem suas crianças menores de 5 anos de idade para tomar a vacina contra a poliomielite, que é uma doença grave que acomete os membros inferiores de forma irreversível. Então, para reduzir o risco de reintrodução da pólio, precisamos manter as nossas crianças vacinadas”, pontuou.
Registro da doença no Brasil
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Sousa, no sertão da Paraíba, e em 1994 o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, em 2023, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC)4.