O empresário Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como Ruan Macário, condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pela morte de Kelton Marques, deve pagar pensão à família da vítima. A decisão da Justiça da Paraíba foi proferida no dia 15 de maio. Ao Portal Pop Notícias, a família informou que nenhuma parcela foi paga.
A decisão foi expedida pela 4° Vara Mista de Santa Rita, na ocasião, a juíza Israela Claúdia da Silva Pontes entendeu que o pedido solicitado pela defesa da família deveria ser deferido devido à grande repercussão e comoção do caso, e a morte do provedor da família, deixando de contribuir para o sustento da esposa e duas filhas menores de idade.
“Sendo a vítima trabalhador e provedor de sua família, teve ceifada sua vida aos 33 anos de idade, deixando de contribuir para o sustento do seu lar, o qual era composto de esposa e duas filhas menores, e, neste sentido, vislumbro haver perigo de dano no caso da não concessão da tutela requerida, na medida em que a ausência da contribuição financeira da vítima, diminuiu o poder aquisitivo da família, causando-lhe sérios danos”, afirmou a juíza na decisão.
Foi estabelecido na decisão o pagamento de 2/3 de 1,5 salário mínimo, que corresponde a um salário mínimo, até o ano em que a vítima completaria 73 anos de idade, média de vida estipulada pelo IBGE.
O Portal Pop Notícias entrou em contato com o advogado Luiz Pereira, que representa a família de Kelton Marques, mas ele não quis comentar a decisão.
A defesa de Ruan Macário poderá recorrer e pedir suspensão da decisão. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu.
Relembre o caso
O empresário Ruan Macário atropelou o motoboy Kelton Marques no dia 11 de setembro de 2021, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Ele dirigia o carro a 163km/h quando ultrapassou o sinal vermelho e atingiu Kelton Marques na moto, que estava trabalhando no momento da batida.
Todo acidente foi gravado por Ruan com a câmera do carro. Logo após o acidente, o empresário fugiu do local e não prestou socorro ao motoboy, que morreu na hora. O pedido de prisão preventiva foi emitido no dia seguinte, mas o empresário ficou foragido por 10 meses até se entregar à polícia. Condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, Ruan está preso no Presídio de Catolé do Rocha, na Paraíba.
