Aconteceu nesta sexta-feira (12), na 4ª Vara Criminal de João Pessoa, a audiência de instrução do processo que investiga desvios de recursos no Hospital Padre Zé, que tem como réus o padre Egídio de Carvalho, ex-diretor da instituição, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, ex-auxiliares da entidade. Hoje foram ouvidas as testemunhas.
O padre Egídio, Jannyne e Amanda participaram de forma virtual. Na audiência, foram coletados dois depoimentos de duas testemunhas, uma de Egídio e uma de Amanda. O Portal Pop Notícias apurou que as respectivas testemunhas foram Karina de Alencar Torres, Delegada de Polícia Civil, e uma ex-funcionária do hospital. O depoimento da delegada foi solicitado pela defesa do Padre Egídio.
De acordo com a defesa de Amanda, o maior debate durante a audiência foi sobre a validade da prova juntada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). Em contato com a reportagem, o advogado da ré afirmou que a validade da prova juntada pelo Ministério Público não é suficiente para condena-lá. “Na ótica da defesa, a validade da prova juntada pelo MP teria violado a cadeia de custódia da prova“, disse.
Uma nova audiência de continuação do caso foi marcada para o próximo dia 31/07 e outra para o dia seguinte.
Relembre o caso
O Hospital Padre Zé viu-se no centro de investigações após o desaparecimento de mais de 100 celulares destinados a um bazar solidário, doados pela Receita Federal. O caso veio à tona em 20 de setembro, seguido por uma denúncia anônima que apontou outras possíveis irregularidades na gestão durante o período de Padre Egídio.
Para lidar com o furto, uma força-tarefa composta por diversos órgãos públicos da Paraíba foi montada para investigar a situação no hospital. Reconhecendo as dificuldades financeiras, a instituição solicitou uma auditoria abrangente ao Ministério Público da Paraíba, abrangendo todas as suas finanças, contratos, convênios e projetos em curso.