O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta quinta-feira (21), após ser indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investigou a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
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Nas redes sociais, Bolsonaro publicou um trecho de uma entrevista concedida ao Metrópoles, onde concentra críticas à influência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nas investigações da PF.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
O ex-presidente disse ainda que vai consultar o seu advogado e que deve aguardar o inquérito chegar na Procuradoria-Geral da República para tomar as providências jurídicas. Jair também levantou suspeitas de como o órgão deve se posicionar.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, finalizou.
Com o indiciamento de Bolsonaro, do paraibano Tércio Arnaud Tomaz, e mais 35 pessoas, o documento com as provas apuradas pela PF será encaminhado ao STF, cabendo à PGR decidir se deve ou não denunciar os indicados. Caso a Suprema Corte acate as denúncias, os citados se tornarão reús e serão julgados.