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Os bastidores do ‘Golpe do Tomate’ na Paraíba

Bancadas de hortaliças financiadas por investidores – Foto: Hort Agreste
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Na última quarta-feira (7), o empresário Jucélio Pereira de Lacerda foi detido sob acusação de liderar um esquema fraudulento que atraiu investidores para o cultivo de hortaliças hidropônicas, com promessas de lucros incompatíveis com a realidade do mercado financeiro. O caso, conhecido como ‘Golpe do Tomate’, envolve a empresa Hort Agreste, sediada em Lagoa Seca, região de Campina Grande.

Segundo as autoridades policiais, a fraude perpetrada por Jucélio Pereira pode ter resultado em prejuízos superiores a R$ 120 milhões nos últimos dois anos. O processo encontra-se sob segredo de Justiça, porém, o Jornal da Paraíba reuniu informações fundamentais sobre o caso até o momento.

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O empresário foi capturado em uma localidade rural de Lagoa Seca, após a emissão de um mandado de prisão preventiva. As acusações incluem estelionato qualificado e formação de quadrilha, relacionadas ao esquema de investimentos da Hort Agreste, empresa da qual era administrador.

Após uma audiência de custódia realizada na quinta-feira (8), a prisão foi mantida, e o empresário foi transferido para o Presídio Padrão de Campina Grande. Com o mandado de prisão emitido pela comarca de João Pessoa, há possibilidade de sua transferência para um presídio na capital nos próximos dias.

Esquema de Fraude e Prejuízos Milionários

A Hort Agreste, sob comando de Jucélio Pereira, promovia investimentos em cultivo hidropônico, um método de produção de plantas sem solo, utilizando apenas água e nutrientes. A empresa, por meio de promessas atraentes, alegava oferecer lucros significativos aos investidores.

Contudo, quando chegava o momento de os investidores receberem seus retornos financeiros, os pagamentos não eram efetuados, resultando em prejuízos consideráveis. A fraude, que envolveu a venda de bancadas de cultivo hidropônico, afetou diversos investidores.

Modus Operandi da Fraude

O esquema envolvia a aquisição de bancadas de hortaliças por parte dos investidores, com promessas de altos retornos na venda dos produtos cultivados. João Vicente Neto, ex-funcionário da empresa e posteriormente investidor, relatou que as promessas de lucros elevados eram a principal estratégia de Jucélio.

O contrato firmado por João Vicente incluía a promessa de rendimentos mensais de até 10% sobre o investimento, com acesso a uma parcela dos lucros após determinado período. Entretanto, os pagamentos cessaram após certo tempo, resultando em considerável prejuízo para o investidor.

Pontos Pendentes

O processo em segredo de Justiça ainda não revelou o total de vítimas envolvidas no esquema, nem se outras pessoas além de Jucélio Pereira estão sob investigação. A possibilidade de a Polícia Federal intervir no caso como crime de pirâmide financeira e contra a ordem financeira permanece em aberto, à medida que o desenrolar das investigações revela mais detalhes sobre o ‘Golpe do Tomate’.

*Com informações do Jornal da Paraíba
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