A Polícia Civil da Paraíba cumpriu, nessa segunda-feira (15), cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Campina Grande. A ‘Operação Fachada’ tem como objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. A ação foi realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) com o apoio da Unintelpol.
As investigações da operação começaram no final de 2024 e revelaram que a organização utilizava empresas de fachada, incluindo um salão de beleza e uma loja de material de construção, ambos localizados em Campina, para ocultar e movimentar os recursos ilícitos.
Um marco importante na apuração, segundo a polícia, ocorreu em janeiro de 2025, com a prisão de um dos integrantes do grupo e a apreensão de aproximadamente 300 quilos de maconha em Campina Grande. A partir dessa ação, as diligências investigativas se intensificaram.
Entre os alvos da operação dessa segunda, a Polícia Civil prendeu dois detentos que já se encontravam recolhidos no presídio do Serrotão, onde respondem por tráfico de drogas. As investigações apontam que mesmo de dentro da unidade prisional, eles continuavam a comandar o esquema criminoso. Além dos detentos, foram presas pessoas próximas a eles e uma funcionária contratada da Prefeitura Municipal de Campina Grande.
A ação policial resultou ainda na apreensão de mais de oito veículos, incluindo carros e motocicletas de alto luxo, evidenciando o poderio econômico da organização criminosa. Segundo as investigações, a organização criminosa atuava no tráfico de drogas entre diferentes estados e utilizava-se de “laranjas” e empresas de fachada para realizar a lavagem do dinheiro proveniente das atividades ilícitas e para transacionar com outros traficantes.
Como parte da estratégia para descapitalizar o grupo criminoso, dezenas de contas bancárias pertencentes aos criminosos e aos indivíduos utilizados como laranjas foram bloqueadas, assim como diversos ativos financeiros.
