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“Governo não está em operação de retaliação”, diz Gleisi sobre anistia

Após parlamentares da base assinarem pedido de urgência de projeto que beneficia condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Planalto considera fazer pente-fino em cargos ocupados por congressistas na Esplanada.

Gleise Hoffmann
Gleise Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse à CNN que o governo federal não deflagrou uma operação para retaliar os deputados federais da base aliada que apoiam o projeto de lei da anistia a condenados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo a petista, o esforço do Palácio do Planalto tem sido de convencer os parlamentares da base aliada sobre a gravidade da proposta e os seus efeitos prejudiciais para a democracia.

“O governo não está em uma operação de retaliação. Mas está, sim, mostrando aos deputados federais a gravidade política, jurídica e institucional que significa apoiar este projeto”, disse.

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Para a ministra, a proposta garante “a impunidade de Jair Bolsonaro e que quem mais tentou derrubar” o governo petista.

“É um absurdo apoiar o projeto sendo da base do governo federal. Trata-se de uma grave afronta ao Poder Judiciário e à própria democracia. A urgência é para tratar de propostas que realmente interessam à população “, afirmou à CNN.

Pente-fino na Esplanada

O Planalto pretende fazer, em maio, uma espécie de “pente-fino” em cargos na Esplanada dos Ministérios indicados por deputados e senadores.

O objetivo é municiar a articulação política de um mapa de indicações para ajudar nas negociações da pauta governista no Congresso Nacional, que inclui a reformulação da tabela do Imposto de Renda (IR) e a PEC da Segurança Pública.

Atualmente, segundo assessores do governo, até mesmo parlamentares com baixa adesão a projetos governistas contam com indicados em autarquias federais.

Além disso, deputados que assinaram o pedido de urgência ao projeto da anistia possuem aliados nomeados no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No Planalto, o discurso é de que não se trata de uma tentativa de perseguição, mas de reafirmar o compromisso daqueles que fazem parte da máquina pública em defender a proposição do governo federal.

Fonte: CNN Brasil

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