A advogada paraibana Edith Christina Medeiros Freire se tornou ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por seis crimes devido à participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
A denúncia contra a advogada paraibana foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e aceita por maioria no STF. Os ministros André Mendonça e Luiz Fux acompanharam o voto do relator, com ressaltas. Apenas o ministro Nunes Marques foi contrário.
No voto, o ministro Alexandre de Moraes apontou que o nome da advogada paraibana apareceu em uma lista de passageiros de uma caravana que saiu de João Pessoa para Brasília. Além disso, Edith buscou recursos e financiou um ônibus que foi até a Capital Federal, conforme o voto.
“O nome da denunciada apareceu numa lista de passageiros de uma caravana que saiu de João Pessoa/PB com destino à Brasília/DF. Como resultado das investigações, verificou-se que a denunciada disponibilizou sua chave PIX para arrecadar recursos, financiou um ônibus e participou dos atos antidemocráticos em Brasília/DF no dia 8.1.2023”, citou Moraes.
Com a decisão do STF, Edith Christina será investigada pelos seguintes crimes:
- Associação criminosa armada;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado;
- Concurso de pessoas;
- Concurso material.
Ainda segundo o STF, o paradeiro de Edith Christina é tido como “ignorado”. A comunicação com o STF sobre o processo é feita pelos advogados de defesa da advogada.