Search
Close this search box.

Publicidade

Câmara aprova urgência de projeto que revisa benefícios fiscais

Após IOF, Hugo Motta pautou votação do requerimento para texto que cria regras mais rígidas para conceder, renovar ou ampliar incentivos fiscais; no entanto, projeto não promove cortes.

Gleisi, Câmara dos Deputados, Anistia
Câmara dos Deputados (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
Compartilhe:

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (2) o requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto de lei complementar que revisa benefícios fiscais.

A votação foi simbólica, ou seja, não houve contagem de votos. Com isso, o texto poderá ser enviado direto ao plenário da Casa, sem passar pelas comissões temáticas.

Continua Depois da Publicidade

A aprovação se deu após o Congresso derrubar, na semana passada, o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) — medida adotada pelo governo para reforçar a arrecadação e cumprir as metas fiscais.

A revisão dos benefícios fiscais é vista pelo Congresso como uma alternativa para compensar a perda de receita com o fim do aumento do IOF. O texto, no entanto, não promove cortes, apenas impõe regras mais rígidas para concessão, renovação ou ampliação futuras de benefícios.

Também determina avaliações periódicas e limita a vigência a cinco anos, com possibilidade de renovação.

Entre os critérios exigidos estão: metas de desempenho econômico, social e ambiental; impacto na redução das desigualdades regionais; e mecanismos de monitoramento e transparência.

O projeto, de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), foi aprovado pelo Senado em 2023 e estava parado na Câmara. Uma emenda da bancada do Amazonas excluiu os incentivos da Zona Franca de Manaus do escopo da proposta.

O texto foi construído com apoio do governo. À época, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que as renúncias fiscais somam cerca de R$ 600 bilhões e dificultam o cumprimento das metas.

Neste mês, em meio ao debate sobre o IOF, Haddad disse que governo e Congresso estudam cortar ao menos 10% dos incentivos que não estão previstos na Constituição. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

De acordo com o líder, o governo ainda avalia se deve enviar nova medida ou se adaptará um projeto já em tramitação, de autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), que prevê o corte de 10% em benefícios fiscais.

Fonte: CNN Brasil

Compartilhe: