Hoje é dia de quartas de final da Copa do Mundo de Clubes 2025 envolvendo Fluminense e Palmeiras, os clubes brasileiros. E, antes, mesmo com as eliminações de Botafogo e Flamengo nas oitavas de final, os clubes brasileiros já haviam feito história, não só dentro de campo, mas também – e talvez principalmente – fora dele. Um levantamento da plataforma de gestão de mídias mLabs analisou o desempenho dos clubes no Instagram entre os dias 1º e 25 de junho, durante toda a fase de grupos do torneio, e revelou que os brasileiros dominaram o jogo digital.
O Mundial se mostrou não apenas um palco esportivo global, mas também um poderoso motor de engajamento on-line. Botafogo, Flamengo, Palmeiras e Fluminense se destacaram entre os conteúdos com maior repercussão do torneio, acumulando milhões de interações e marcando presença nas conversas digitais mundo afora.
“As redes sociais se tornaram parte essencial da estratégia esportiva. A vitória dentro de campo agora é só uma parte do que movimenta o torcedor. O engajamento vem da emoção, da identificação e da velocidade com que os clubes conseguem transformar momentos em conteúdo relevante”, analisa o CMO e fundador da mLabs, Rafael Kiso.
Brasileiros em destaque
A vitória do Botafogo sobre o PSG, por 1×0, rendeu ao clube alvinegro um pico histórico no Instagram: a publicação com o gol de Igor Jesus alcançou 720 mil curtidas, mais que o triplo do recorde anterior do clube. Já o Flamengo, ao vencer o Chelsea por 3×1, conquistou o post com maior engajamento entre os brasileiros, somando 1,3 milhão de curtidas.
Os que jogam nesta sexta-feira também têm seus destaques. O Palmeiras também se destacou ao empatar com o Inter Miami de Messi e somar 384 mil curtidas na publicação sobre o jogo. O Fluminense, por sua vez, ganhou força após a vitória contra o Ulsan HD, com 191 mil curtidas em um único post.
“Momentos decisivos são gatilhos emocionais, e as redes potencializam isso em escala. Clubes que têm agilidade criativa para capturar esses instantes conseguem transformar resultados esportivos em ativos de marca e audiência”, reforçou Rafael.
O fenômeno Auckland City
Entre os destaques está também o improvável Auckland City, da Nova Zelândia. O time semiprofissional viralizou após perder de 10×0 para o Bayern de Munique, tudo graças a um post bem-humorado, que conquistou o público e rendeu um crescimento de 514% em seguidores e a liderança no ranking global de engajamento, com uma taxa de 6,34%.
Rafael Kiso comentou que “narrativas humanas, autênticas e inesperadas são imbatíveis em alcance orgânico. O caso do Auckland mostra que carisma, vulnerabilidade e bom humor ainda conectam mais do que qualquer patrocínio de camisa”.
Reels e agilidade digital
O formato Reels, no Instagram, foi o grande protagonista da fase de grupos, representando 38% de todos os conteúdos publicados. Isso impulsionou o engajamento médio dos clubes brasileiros para 1,32%, acima da média histórica de 1,08%.
O Botafogo foi o clube mais ativo, com 407 posts no período, e liderou em interações por publicação entre os brasileiros (37,5 mil). O Flamengo, por sua vez, teve a maior média geral de engajamento, com impressionantes 225,1 mil interações por post – alô, flamenguistas!
No cenário global, o Real Madrid dominou com 257 milhões de curtidas no período. Um dos destaques foi o post de chegada de Vini Jr. e Arda Güler nos Estados Unidos, que sozinho somou 3,3 milhões de curtidas.
Marcas, clubes e o jogo da influência
Para o CMO da mLabs, os dados mostram uma mudança definitiva na lógica da comunicação esportiva: “o futebol virou também um jogo de conteúdo. Clubes e marcas que entendem isso passam a ocupar um novo espaço de mídia, muito mais orgânico, conversacional e valioso. A atenção virou moeda, e quem sabe usá-la com estratégia colhe resultados dentro e fora de campo”.
Com a fase eliminatória em andamento, o que fica claro é que, independentemente de quem levantar o troféu, o Mundial de Clubes já consagrou seus protagonistas digitais. E, nesse novo campo de jogo, engajamento vale tanto quanto gols.