O deputado estadual pelo PT da Paraíba, Luciano Cartaxo, emitiu nota lamentando a acusação de que teria cometido violência política de gênero contra a também deputada petista Cida Ramos. O texto, enviado à imprensa na manhã desta terça-feira (20), referencia a nota veiculada no dia de ontem e assinada pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT que atribui a “misoginia” a Cartaxo.
Em disputa interna no partido, Cida Ramos e Luciano Cartaxo colocaram os nomes como pré-candidatos à Prefeitura de João Pessoa. O PT, no entanto, ainda não definiu qual dos dois deverá encabeçar a chapa no pleito municipal deste ano.
Veja a nota:
“Com grande surpresa e tristeza recebi estas acusações infundadas ao meu respeito. Não há qualquer registro de declaração pública ou privada da minha parte proferindo qualquer discurso desrespeitoso à também pré-candidata a prefeita, a companheira Cida Ramos. Da minha parte o que existem são afirmações sobre a viabilidade eleitoral entre as duas pré-candidaturas, questionamento feito repetidas vezes em entrevistas à imprensa paraibana. A violência de gênero e a violência política de gênero são questões seríssimas e não devem ser usadas para fins políticos, apoiadas em fatos inexistentes. Enquanto deputado tenho trabalhado para contribuir no combate a estas violências. Por isso apresentamos Projetos de Lei em defesa das mulheres, como a PL 181/23, que protege a mãe-solo contra a discriminação no trabalho, e o PL 618/23, que incentiva a participação das mulheres na construção civil.
É com profundo lamento que recebo essa declaração, que, além de esvaziar uma pauta que é séria e urgente, não engrandece o debate democrático acerca do potencial da candidatura que o nosso partido pode apresentar para melhorar a vida da população da Capital. Fui prefeito de João Pessoa, eleito e reeleito. Entreguei uma série de obras na saúde, na educação e no urbanismo, tendo concluído a gestão com 70% de aprovação, o que reforça minha viabilidade política frente aos futuros candidatos, independente se estes são homens ou mulheres. É neste contexto que reforço minha viabilidade política, que em nada tem a ver com promoção de violência de gênero. São argumentos racionais, baseados em números e pesquisas”.