Com a finalidade de proporcionar uma oportunidade de inserção no mercado formal de trabalho para os migrantes venezuelanos da etnia Warao residentes na Capital, o Governo da Paraíba firmou parceria com o Grupo Ferreira Costa e está promovendo o recrutamento desses indígenas. Na ação realizada por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), com intermediação da Gerência Executiva de Direitos Humanos, nesta quarta (17) e quinta-feira (18), nas dependências do Centro Estadual de Referência de Migrantes e Refugiados (Cemir|), a equipe de Recursos Humanos do Grupo Ferreira Costa está realizando análise de currículos e entrevistas.
De acordo com a analista de Recursos Humanos do Grupo Ferreira Costa, Ellen Santiago, o grupo possui algumas ofertas de trabalho que podem dar oportunidade de inserção desse público, proporcionando empregabilidade, por ser a Ferreira Costa uma empresa familiar, que acolhe e busca colaboradores diferenciados. “São cerca de 30 vagas para as funções de atendente de loja, apoio de caixa, vendedor, e auxiliares de depósito, de prevenção e perdas, e de serviços gerais. Vagas definitivas e vagas temporárias, mas isso não quer dizer que alguém que entre numa vaga temporária, tendo uma boa conduta, um bom perfil de colaboração, não possa ser efetivado”, afirmou.
Para Ellen, o dialeto dos indígenas não é uma barreira. “Esse projeto é bem novo, mas a maioria do pessoal que veio aqui entende o português e a gente vai começar a triar. Quem se comunica melhor em português, a gente pode triar para as vagas de atendimento ao público. E quem tem uma certa dificuldade, a gente vai colocar para outras funções”, comentou.
A gerente executiva de Direitos Humanos da Sedh, Mônica Ervolino, lembra a importância da ação de parceria entre a Gerência Executiva de Direitos Humanos e a Ferreira Costa, por meio do Cemir, em articulação com o Serviço Pastoral do Migrante. “É uma ação concreta para promover a inclusão social e econômica da população migrante. Oportunizar acesso ao trabalho e à renda é garantir a principal porta de entrada para a autonomia e a dignidade dessas pessoas, entre elas os indígenas venezuelanos da etnia Warao, que enfrentam maiores barreiras para inserção no mercado formal”.
O coordenador técnico do Cemir, Tiago Ramos, também destaca a importância dessa ação do Grupo Ferreira Costa junto à Sedh e o compromisso social da empresa, “considerando a vulnerabilidade dos migrantes refugiados, sobretudo os indígenas, que têm uma dificuldade para conseguir trabalho formal. “E essa sensibilização em relação à vulnerabilidade que chegam aqui os indígenas refugiados é extremamente importante. Levando em consideração sobretudo os indígenas, que têm uma dificuldade imensa em conseguir trabalho, por isso a gente vê muitos em trabalhos informais, trabalhos bastante sacrificantes”, declarou Tiago.