Search
Close this search box.

Publicidade

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALPB condena declarações de Vitor Hugo sobre pessoas em situação de rua

Na semana passada, secretário sugeriu que a assistência humanitária contribui para a permanência das pessoas na vulnerabilidade nas ruas.

Secretário Vitor Hugo e o deputado Chió (Fotos: CMJP e divulgação)
Compartilhe:

O deputado estadual Chió (Rede), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), emitiu, nesta sexta-feira (17), uma nota de repúdio contra declarações do secretário de Turismo de João Pessoa, Vitor Hugo, que afirmou ser “incorreto” alimentar pessoas em situação de rua. Durante sessão especial na Câmara Municipal da Capital, Vitor Hugo sugeriu que a assistência humanitária contribui para a permanência das pessoas na vulnerabilidade nas ruas.

Chió classificou as declarações como insensíveis e perigosas, destacando que o Estado, e não a população, tem o dever de garantir políticas públicas de acolhimento e inclusão. “É lamentável que uma autoridade trate com tamanha frieza uma realidade tão grave. O papel do poder público é estender a mão, não apontar o dedo. É dever do poder público buscar políticas inclusivas, de acolhimento e dignidade, e não promover discursos que reforçam a exclusão social ou naturalizam a desigualdade”, afirmou.

Continua Depois da Publicidade

O parlamentar criticou a visão de “higienização social” por trás das falas, que, segundo ele, buscam esconder a pobreza para preservar uma imagem turística, em vez de enfrentar as causas estruturais da exclusão. “A pobreza não é um incômodo visual. Ela é uma falha do Estado que exige empatia, políticas públicas e solidariedade”, ressaltou em nota.

O deputado ainda exaltou a atuação de cidadãos e entidades que oferecem alimentos e apoio. “Em contraste a essa triste declaração, o povo pessoense tem dado exemplo de humanidade e empatia ao oferecer apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade. Ações estas que refletem o verdadeiro espírito de solidariedade cristã e cidadania. Se essa população encontra nas mãos dos cidadãos e entidades o amparo que deveria vir do poder público, isso apenas evidencia uma falha na gestão das políticas sociais”, finalizou.

Confira a nota completa:

Compartilhe: