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Ler é uma forma de descansar a mente da vida frenética

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Foto: divulgação

Vivemos em um tempo no qual o verbo correr se tornou sinônimo da vida moderna. A sociedade passou a atribuir um certo status social e financeiro a quem vive “correndo”, a quem tem uma vida corrida. E quem, nos dias atuais, não vive em um ritmo frenético, se ‘virando nos 30’ para dar conta das tarefas – domésticas, profissionais, pessoais, e tantas outras?

Não é raro ouvir alguém desejar ter um dia com mais horas do que o relógio suporta. Eu já desejei, quase sempre desejo. Mas já pararam para pensar que se o dia tivesse não 24 h, mas 30,40, 50 horas, nós teríamos o dobro ou o triplo de tarefas e viveríamos tão sufocados quanto estamos atualmente?

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Pois é, é dentro dessa reflexão sobre tempo, que venho, novamente, falar sobre a importância da leitura. Ler é uma forma de descansar a mente. É um presente para quem vive sobrecarregado de atividades, de informações. É um acalanto para nós que passamos o dia no trânsito e rolando a tela em busca de algo que nunca alcançaremos nas redes sociais.

Porque, é claro, a vida do outro é sempre mais tranquila, mais promissora, mais, mais e mais. Nessa overdose de redes sociais e na correria diária, a leitura se apresenta como um escape.

É nela que me ‘abandono’ diariamente, nem que seja por 10 minutos. Quando a gente se permite ler um livro, a alma acalma, a mente desacelera. A criatividade brota e o coração se esbalda. Quando a gente abre um livro, se obriga a parar, a desacelerar. É convidado a entrar na história junto com os personagens. Chora, ri, briga, tem medo. Experimenta vários sentimentos só com um simples virar de página.

Sim, é comum ouvir: eu gostaria, mas não tenho tempo de ler. Convenhamos, nesse ritmo acelerado em que vivemos, a leitura só terá tempo em nossa rotina se insistimos e entendermos a importância desse hábito, que nos traz não apenas a crítica na formação de um ponto de vista, como também um deleite – solitário coletivo ao mesmo tempo.

Os livros continuam sendo uma ótima companhia nesse mundo acelerado e no qual todo mundo tem algo a dizer sobre alguma coisa, na democrática – e perigosa – bancada que é a rede social.

Valéria Sinésio
Jornalista

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