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IBGE aponta queda histórica na pobreza e extrema pobreza na Paraíba

94 mil pessoas vivem na extrema pobreza, o equivalente a 4,7% da população paraibana.

Foto: Francisco Franca
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A Paraíba registrou, em 2024, o menor patamar de extrema pobreza já observado no estado desde o início da série histórica. Os dados constam na Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta cerca de 194 mil pessoas vivendo nessa condição, o equivalente a 4,7% da população paraibana.

O levantamento mostra que a queda não ocorreu apenas no estado: o cenário nacional também apresenta recuo e atingiu índices mínimos desde que o monitoramento começou.

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Além da extrema pobreza, o estudo também avalia os números da pobreza monetária, categoria distinta que considera famílias cuja renda é insuficiente para garantir necessidades básicas. Nesse recorte, 38,3% dos paraibanos, pouco mais de 1,58 milhão de pessoas, se enquadram no indicador, também no menor nível desde 2012. É o terceiro ano seguido de redução em ambos os índices.

O comportamento é inverso ao observado em 2021, ano em que o estado registrou o ápice das desigualdades recentes: 16,7% da população vivia em extrema pobreza e 56,1% estava abaixo da linha da pobreza.

O IBGE destaca que o estudo considera exclusivamente a renda disponível para cada família. Não entram no cálculo elementos como qualidade da habitação, acesso à educação ou suporte de políticas públicas. Dentro dessa metodologia, a extrema pobreza representa o estágio mais grave de privação material, em que nem mesmo a alimentação mínima e outras necessidades essenciais conseguem ser garantidas.

Queda no cenário nacioanal

O Brasil registrou, em 2024, os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde que o IBGE começou a acompanhar essa série, em 2012. Os números fazem parte da edição mais recente da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (3).

O levantamento mostra que a extrema pobreza continuou em queda: passou de 4,4% da população, em 2023, para 3,5% no ano seguinte. A redução, de 0,9 ponto percentual, representa cerca de 1,9 milhão de pessoas deixando essa condição.

O recuo também aparece no grupo classificado como pobre. Nesse caso, o índice foi de 27,3% para 23,1% em um ano, o que corresponde a aproximadamente 8,6 milhões de brasileiros que passaram a ter renda acima da linha de pobreza definida pelo instituto.

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