Na manhã de hoje, uma operação da Polícia Federal resultou na prisão dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), juntamente com Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foram detidos e serão transferidos para Brasília para prestar depoimento.
As prisões ocorreram após a Polícia Federal identificar indícios de que Chiquinho e Domingos Brazão teriam sido os “autores intelectuais” do homicídio de Marielle, assim como do motorista Anderson, e da tentativa de homicídio da assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que estava presente no carro no momento do crime. Rivaldo Barbosa foi preso por suspeita de obstrução de Justiça. Além das prisões, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro, incluindo buscas contra o ex-titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, e outros nomes não revelados pela PF. A motivação por trás do crime ainda não foi divulgada.
Após a delação de Ronnie Lessa, apontado como executor do crime, que mencionou Chiquinho como mentor, o caso foi transferido do Superior Tribunal de Justiça para o Supremo Tribunal Federal. Chiquinho negou qualquer envolvimento após as acusações de Lessa, questionando a credibilidade da delação. As prisões foram celebradas pela família de Marielle, que expressou esperança em finalmente obter respostas sobre quem ordenou o assassinato e por quê.
A operação da Polícia Federal é um desdobramento de uma investigação complexa que começou após o brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes em março de 2018. Os suspeitos de executarem o crime, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, estão detidos, aguardando julgamento. Élcio confessou participação no crime em acordo de delação premiada, implicando Lessa como autor dos disparos. Outros suspeitos, incluindo ex-agentes da lei e indivíduos ligados a grupos criminosos, estão sob investigação por seu envolvimento na organização e ocultação de provas relacionadas ao assassinato de Marielle Franco.