Na manhã de hoje, uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de dois importantes nomes da política carioca: o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ambos são apontados como suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018, em um crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes.
Chiquinho Brazão, que recentemente ocupava o cargo de secretário municipal de Ação Comunitária da prefeitura do Rio, pediu exoneração em fevereiro deste ano, após surgirem especulações sobre sua possível participação no crime. Sua rápida passagem pela pasta durou apenas quatro meses antes de reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília. A delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar apontado como executor do crime, motivou a transferência do caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi homologada nesta terça-feira.
Por sua vez, Domingos Brazão, que possui foro privilegiado devido ao cargo que ocupa no TCE, já havia sido mencionado na delação de Lessa e também na de Élcio de Queiroz, outro ex-PM suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle. Com 59 anos de idade, Domingos é uma figura conhecida na política local, tendo exercido mandatos como vereador e deputado estadual antes de ingressar no TCE.
Chiquinho Brazão, de 62 anos, possui uma longa trajetória política, tendo sido vereador do Rio em quatro mandatos consecutivos e atualmente ocupando uma cadeira na Câmara dos Deputados. Sua relação com Marielle Franco se estendeu durante o período em que ambos estiveram na Câmara Municipal, com Chiquinho inclusive presidindo a CPI dos Ônibus, que investigava irregularidades no transporte coletivo da cidade. No entanto, a CPI terminou sem grandes desdobramentos. Enquanto isso, Chiquinho continuava atuante na esfera legislativa, apresentando projetos como o uso de tornozeleiras para homens que cometem violência contra mulheres, como destacado em suas redes sociais.