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A riqueza cultural escondida nos sebos

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Não tenho a ida a sebos como rotina. Talvez pela minha rinite, sinusite e tantas ‘ites’ que me causam espirros. Mas de vez em quando eu me presenteio com esse passeio. A última vez aconteceu dias depois da morte do escritor Luís Fernando Veríssimo, em 30 de agosto deste ano.

Davi, meu primogênito, viu uma reportagem sobre a morte de Veríssimo e lamentou: “Que pena, ele morreu e eu nunca li nada que ele escreveu”. Foi o suficiente para minha ida a um sebo procurar livros de Veríssimo para presenteá-lo.

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Ao longo da minha vida, eu li bastante Luís Fernando Veríssimo. ‘Comédias para se ler na escola’ sempre foi o meu preferido. Mas todos os livros dele que li foram emprestados de bibliotecas. Portanto, não tinha nada em casa.

Fui ao Sebo Cultural, no Centro de João Pessoa, para comprar um livro. Saí de lá com dez. A maioria de Veríssimo, e alguns outros, como Dom Casmurro, de Machado de Assis.

Eu me perdi – no bom sentido da palavra – naquele ambiente cercado de livros, de autores e gêneros diversificados, a preços acessíveis. Os livros, em boa ou excelente condição. A tal da compra que nos deixa satisfeitos pelo custo-benefício.

Sabemos que o acesso à cultura e educação passa pelos livros. E temos consciência de que livro, de forma geral, é caro e até artigo de luxo para a maioria da população brasileira. Não podemos simplesmente romantizar o gosto pela leitura. Há uma complexidade nessa questão que não abordarei nessa coluna.

Em razão disso, deixo como dica a visita a sebos. Não apenas pelos valores dos livros, mas pela experiencia vivenciada no local. Afinal, cada livro na prateleira traz consigo, além da história em si, as marcas do antigo dono. E tudo isso conta uma outra história que cabe na imaginação de cada um.

Valéria Sinésio
Jornalista

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