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Aquário Paraíba amplia e inaugura Espaço das Aves para visitação do público

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Foto: Marianna Vieira

Ontem, estive na inauguração do Espaço das Aves, um anexo – muito bonito, registro de antemão – do Aquário Paraíba, na Praia do Seixas, em João Pessoa (PB). Visitei o local (tem mais no Instagram @meiodepropaganda) e conheci o diretor, Emmanuel Lopes, que é engenheiro ambiental, e falou sobre a importância da preservação e educação a respeito do meio ambiente, além dos projetos de reabilitação de espécies marinhas.

Formado aos 50 anos de idade pela FPB, o engenheiro ambiental que responde pelo Aquário Paraíba tem uma carreira que começou na metalúrgica do pai e se estendeu por áreas como vendas, criação de camarão e exportação de peixes ornamentais. Mas ele buscou unir seus interesses com um propósito maior. Após uma trajetória que incluiu ser vereador em Baía da Traição e trabalhar com consultoria ambiental na Siga Ambiental, ele concretizou um sonho ao fundar o Aquário Paraíba, que dedica à preservação e educação ambiental, localizado no Seixas e aberto ao público em geral para visitação e lazer.

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“O Aquário tem uma história longa, pelo sonho que sempre tive e porque está sempre em expansão, para que as pessoas conheçam mais a nossa fauna e saiam daqui conscientes. Temos ações junto a órgãos, como a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”, disse Emmanuel.

Foto: Marianna Vieira

“Não é apenas ‘vamos limpar as praias’, mas levar educação para evitar sujá-las que é importante. Não adianta limpar hoje e amanhã tudo estar do mesmo jeito. A conscientização é fundamental para preservarmos nossos ambientes naturais”, completou.

Agora, mais uma etapa desse sonho foi inaugurada: o Espaço das Aves. O espaço não apenas entretém, mas também educa o público sobre a importância da preservação da fauna.

Leia na íntegra a entrevista, em que ele compartilha as expectativas e os desafios do negócio e as visões para o futuro da conservação ambiental.

Foto: Marianna Vieira

Meio de Propaganda: Qual a ideia que originou o Aquário Paraíba?
Emmanuel: Meu primeiro “brinquedo” foi um aquário, que eu mesmo construí em casa, e sempre tive o desejo de algo maior, como é hoje. Ao trabalhar em ramos como a pesca e a comercialização de peixes ornamentais, percebi o desejo de criar um lugar para a preservação das espécies.

M: Quais os principais desafios à frente do Aquário Paraíba?
E: Um deles é fazer a população entender a importância do Aquário. Nossa localização é privilegiada, no extremo oriental das Américas, mas precisamos de investimentos. Atualmente, tudo é financiado pela bilheteira, o que inclui desde a reabilitação dos animais até a manutenção das exposições.

Recentemente, fundamos o Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas (Cerem) para obter apoio e recursos para nossos projetos. Recebemos principalmente animais marinhos, como tartarugas. Quando é resgatado, a Polícia Ambiental nos encaminha. Atualmente, temos uma fragata e duas tartarugas para soltar em breve. A fragata foi encontrada em Cabedelo, com feridas nas pernas e está em recuperação. Este centro é essencial para nossa missão de reabilitar e devolver animais ao seu habitat.

M: Como é a nova área, o Espaço das Aves?
E: O Espaço das Aves está em desenvolvimento há cerca de dois anos. Queremos proporcionar um espaço onde os visitantes compreendam a importância da preservação. No total, são 11 recintos.

M: Como o público pode contribuir para a preservação das espécies e ajudar o Aquário?
E: A melhor forma é visitando o Aquário. Nossa única fonte de renda vem da bilheteira, loja e lanchonete, e todo o dinheiro é revertido para a preservação dos animais. É importante que o público tenha consciência de que os animais não estão aqui apenas para serem exibidos, mas para serem cuidados. Muitos não podem voltar à natureza devido a mutilações, e nosso papel é oferecer a melhor qualidade de vida possível para eles.

M: Para visitas em grupos, por exemplo, existem outras atividades, agora que o espaço está ainda maior?
E: Oferecemos o Cine Aquário e diversas exposições. Uma das mais impactantes é sobre tampinhas de plástico, ligada ao projeto “Mares sem Plástico”, da professora Cláudia Cunha, da UFPB. Temos visitas guiadas, exposições de tartarugas taxidermizadas e um auditório para grupos escolares, onde exibimos filmes educativos e promovemos atividades para crianças de todas as idades, sempre focando na educação ambiental.

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