Ele é ator, poeta, cantor, compositor e apresentador, Lukete é a prova do multiartista da Paraíba. Um apreciador da arte e um nordestino nato, o artista vem ganhando a cada trabalho um carinho especial nos corações dos brasileiros. O artista esteve em sua segunda novela na Rede Globo interpretando o poeta cantador “Júnior Palmito”, em “No Rancho Fundo” e foi um sucesso!
Em seis anos de carreira, Lukete já estrelou quatro espetáculos no teatro, atuou e co-criou o curta metragem “Criador”, e roteirizou mais de 350 esquetes “Cenas dos Próximos Capítulos” com seu parceiro Juzé, na dupla Totonho e Palmito, participando diariamente dos capítulos das novelas.
Na música, ele compôs mais de 100 cançōes, lançou o EP Lukete & Juzé (2023), o EP “Visse & Verso” (2024), singles solo e em parceria, além de músicas gravadas por outros artistas como Juliette, Elba Ramalho, entre outros. Isso já mostra o quanto de talento e habilidades artísticas ele possui.
Em 2023, lançou o primeiro álbum “Lukete & Juzé”, em parceira com o poeta e repentista conterrâneo Juzé, seu parceiro de cena na telenovela “Mar do Sertão”, exibida pela TV Globo, em que interpretaram a dupla de repentistas Totonho e Palmito. Realizou apresentações autorais com a banda Lukete & Seus Renatos. Inclusive, uma obra bem completa e com várias referências do nosso nordeste. Lukete e Juzé têm uma sintonia única e de irmandade. São artistas únicos e sensíveis.
Conciliando a carreira de ator com a música, Lukete está estreando em seu primeiro álbum autoral, o “Lukete Me”. E tivemos uma entrevista exclusiva com o multiartista na coluna “Papo Pop”.
-Lukete pra gente começar, como você se define?
Eu não me defino. Na verdade, eu sou um inquieto, um explorador da arte. Estou sempre me colocando para a vida, para que ela me surpreenda. Eu sou uma pessoa que demorou um tempo para poder se descobrir, sofri muito com isso. Mas me descobri aos 28 anos, eu bati nos peitos e disse que eu era artista, que era isso que eu queria viver. E carrego esse sentimento de um pouco do retroativo, de não ter vivido isso desde antes. E eu acho que isso termina sendo um combustível para mim, para minha sede. De querer fazer, fazer, realizar, realizar, realizar… Estar sempre fazendo alguma coisa… Eu sou um inquieto.
-Conta um pouco para gente da sua trajetória. Quando a arte entrou na sua vida?
A arte entrou na minha vida desde sempre, né? Minha mãe inserindo muita cultura pra mim, me levando pra teatro, cinema, brincando, música, tentando inserir coisas interessantes pra mim. Mas na adolescência que eu fiz ali, participei de um movimento da igreja, que tinha muita arte, isso me encantou e me segurou por muito tempo. Fiz muita, muita arte dentro da igreja. Música, texto, atuava, dirigia, preparava, escrevia. Na igreja eu pude desenvolver muita arte, e veio de lá. A igreja termina sendo uma grande incentivadora pra arte. E eu pude usufruir disso.
-Você agora está com um novo trabalho na música chamado “Lukete Me”. Como foi a elaboração desse projeto, o que podemos esperar dele?
O “Lukete Me” foi um grande projeto, de grande trabalho, foi muito suor, na parceria de grandes amigos, muitos amigos que acreditam em mim, no meu potencial, naquilo que eu já tinha de composições e tal. Tive a honra de ter grandes profissionais ao meu redor na composição desse álbum, isso é uma bênção. E é um álbum que tem musicalidade, porque tem grandes músicos, tem balanço, tem dança, tem humor, tem poesia, tem muita mensagem. Eu gosto muito de usar o humor pra passar uma mensagem, a mensagem séria, mas que ela vem de forma leve. Mas, resumindo, o álbum tem 10 músicas autorais, e todas falam de amor.
-Qual é a sensação de lançar esse trabalho em João Pessoa?
A sensação de lançar em João Pessoa é a melhor possível. Eu tenho que fazer isso aqui. Eu comecei meu lado musical aqui nos bares e formação de público, os amigos e amigas que cantam, as músicas que lancei hoje, eles cantam desde antes, de quando eu fazia tudo isso nos bares, nos saraus. A sensação é maravilhosa, um desejo de que aquelas mesmas pessoas que estavam ali no começo apareçam nesta quinta-feira.
-Qual sua avaliação da indústria da música no Brasil?
Bem, a música, ela tá mais acessível, né? Na produção, os home estúdios que as pessoas têm em casa, qualquer pessoa lança um som. Isso é bom, isso é ruim. Eu tenho ciência de que eu engatinho na música, eu tenho ciência de que eu não tenho uma história nisso, eu sou recente. Porém, eu tenho uma mensagem para passar, está no meu coração. Eu sei o que eu quero passar em cima de um palco fazendo música e através das produções e das mensagens. Eu sei onde eu quero chegar com isso. Então, eu faço porque o meu coração pede e peço licença também aos grandes mestres. Ainda bem que esses mestres me apoiaram para isso também. Eles estão na produção do álbum, e aí eu vou chegando e uma hora tudo será entendido.
-Agora, a gente vai falar do fenômeno da novela “No Rancho Fundo”. Qual a sua avaliação dessa obra?
“No Rancho Fundo” é uma confirmação de um sucesso que foi Mar do Sertão, é um holofote para artistas nordestinos, especialmente, que não tinham espaço e agora têm. A potência desses artistas abre portas também para outras oportunidades e grandes mensagens. “No Rancho Fundo” foi importantíssimo, faz parte da história dos artistas paraibanos e da arte da Paraíba também, da cultura. É uma grande ponte, uma grande catapulta para esses artistas. Significa muito para mim, significa muito para nós.
-Conta um pouco da experiência em trabalhar com Juzé?
Juzé é meu parceirão, a gente já fez muita coisa juntos. Temos dois EP’s lançados, temos singles, temos clipe, temos duas novelas entregues… é um grande parceiro que eu tenho, uma grande afinidade que a gente tem de produzir e criar. E, pô, isso é uma coisa que eu nem preciso dizer. Todo mundo sabe.
-Você trabalhou com grandes nomes e a gente viu um pouco dos bastidores da novela nas redes sociais; era um ambiente de muita descontração. Isso levou também ao sucesso dessa obra?
Sim, essa boa energia da novela levou, sim, ao sucesso dela. Foi bem leve. Pessoas incríveis, grandes seres humanos também, que conseguiram deixar mais leve tudo. Ensinar para quem está chegando agora como deixar o ambiente mais leve. Acho que foi uma delícia fazer isso.
-O que o Nordeste representa na sua visão?
O Nordeste representa um povo, uma história, tradições, uma riqueza de tudo, de tudo que você imaginar o Nordeste é. Eu tenho muito orgulho, sentimento de sorte, de pertencimento, de fazer parte desse território, que é parte do grande território que é a vida e estamos todos juntos nisso. Mas se demarcaram, a gente termina tendo esse entendimento de região. O Nordeste é uma grande potência, a gente tem muita força pra tudo, basta olhar todos os nossos artistas e tudo que já foi feito. O Nordeste é meu coração.
-No Papo Pop, a gente sempre faz a última pergunta assim: o que você queria responder que ninguém nunca perguntou?
Ah, se eu quero interpretar Jessier Quirino nos cinemas. Com toda certeza, é meu sonho.
GIRO POP:
– Lukete estreia show do novo álbum “Lukete Me” nesta quinta-feira (21), em João Pessoa. Uma apresentação inédita no Loca Tu Madre, no Miramar, às 21h.
– Beyoncé irá se apresentar no show do intervalo da partida de Natal da NFL. A apresentação será realizada no intervalo do jogo entre Baltimore Ravens e Houston Texans, que será transmitido pela Netflix no dia 25/12.
– Anitta e Alok lançam clipe bilíngue de “Looking for Love” e prometem versão em português.
– De Mãe pra Filha”, uma emocionante
apresentação que reunirá as talentosas artistas Grazi Vilanueva e sua filha Marayah Stefany, será dia 30/11, na Usina Energisa. Ingressos no Sympla.
– A comunicadora e advogada Ana Clara Hein tem um projeto no Instagram chamado Memórias de Philipeia, onde ela conta histórias e casos marcantes da cidade de João Pessoa. Vale a pena conferir. Instagram: @anaclarahein.
– Não esqueça que toda sexta-feira temos a coluna ‘Agenda Pop’, às 15h30, no programa Tarde Pop, na Rádio Pop 89,3 FM!
– O programa Papo Pop da próxima terça-feira (19), às 21h, será com a cantora Ruanna. Não perca!
