Para quem não sabe, faço parte de um clube de leitura (criado em fevereiro deste ano por mim e por Rafaela Gambarra). Todos os meses, escolhemos um livro para discutirmos com os integrantes. Ao longo do ano que se aproxima do fim, lemos, por exemplo, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e obras de autores paraibanos, dentre outras leituras contemporâneas.
E foi no clube de leitura que fiz uma descoberta fantástica. Foi em agosto, quando um dos membros do clube (Mateus Massa) sugeriu o livro ‘O grande mentecapto’, de Fernando Sabino. Até então, eu não tinha lido nada do autor, de quem, obviamente, já ouvia referencias positivas.
A experiência de ler O grande mentecapto foi transformadora na minha vida literária. Explico: fazia tempo que eu me deparava com um texto tão gostoso de ler, com personagens tão carismáticos, como o astuto Geraldo Viramundo, que em muito nos lembra traços de Dom Quixote e João Grilo. Sempre com um ar de esperteza, causando confusão e, pelo menos na maioria das vezes, conseguindo driblar tudo e todos ao seu redor.
Foi uma leitura apaixonante. Devorei o livro em poucos dias, de tão empolgante que é. Lembro que algumas noites, durante a leitura, eu ia até o quarto de Davi, meu filho, para comentar o livro com ele, pois sentia necessidade de compartilhar com alguém as desventuras de Viramundo.
Nem preciso dizer que agora quero ler absolutamente tudo o que Fernando Sabino escreveu. Iniciei há poucos dias, a leitura de ‘O menino no espelho, com Davi, que tem se revelado também um apreciador de Sabino. Quando iniciou a leitura, deitado na rede em casa, ele dava gargalhadas com a narrativa de Sabino, contando a história para salvar a galinha Fernanda.
Estou feliz por ter conhecido Fernando Sabino. Mais feliz ainda em proporcionar essa rica leitura aos meus filhos. E, agradecida ao amigo Mateus e ao clube do livro que me abriram essa porta e me apresentaram ‘O grande mentecapto’. Essa é a magia do mundo da leitura.