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Violência explode na Grande JP; Bayeux e Cabedelo lideram

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Nos últimos dias, a população da Região Metropolitana de João Pessoa tem se surpreendido com o aumento desenfreado dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI’s) – os homicídios – em toda a sua extensão. Nenhum município fica de fora dessa conta, mas dois deles lideram os índices: Bayeux e Cabedelo. Juntos, já contabilizam 11 mortes em 37 dias de 2024.

Assim como terminaram o ano de 2023, com cerca de 40 homicídios no último trimestre, cada, as duas cidades voltam a registrar uma onda de violência assustadora. Crimes que acontecem à luz do dia, à noite, madrugada. Não tem hora nem lugar para acontecer. Quando menos se espera, a notícia, sempre acompanhada de uma imagem de um corpo banhado de sangue, roda os grupos de WhatsApp e ganha os meios tradicionais de comunicação.

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A forma como vêm sendo praticados é o que chama a atenção. Assim como em 2023, a guerra de facções tem sido apontada como a principal responsável pelos delitos. As vítimas, também assim como no ano passado, jovens que não passam dos 30 anos de idade.

Apesar de semelhanças, também existem particularidades. Em Bayeux, se mata sem “cerimônia”, não importa a hora nem o lugar, como já citado. Em Cabedelo, há casos em que as vítimas são obrigadas a gravar vídeos “justificando” porque estão recebendo tal punição. Há quem diga que o “ritual” é uma espécie de prestação de contas para mostrar a quem ordena que o “serviço” foi feito.

Na maioria dos casos, conforme nos repassa a polícia sempre que buscamos a motivação de cada crime, as vítimas têm relação direta com a criminalidade, em especial com o tráfico de drogas, e, geralmente, são mortas por facções rivais na disputa por territórios.

Contudo, não há unanimidade. Essa motivação cabe para a maioria, mas não para a totalidade dos casos. Isso porque, diferente de Bayeux, em Cabedelo mortes de pessoas sem nenhuma relação com a criminalidade têm entrado para a conta. Segundo a polícia, e nenhuma linha de investigação é descartada, algumas pessoas estão morrendo tão somente por serem de uma comunidade e se mudam ou são flagradas em áreas dominadas por facções rivais a do seu bairro de origem. São vistos como X9, alguém que está ali para “levantar serviço”, e pela suspeita pagam com a própria vida.

Porém, não tem sido só a bandidagem que tem mostrado serviço. As Forças de Segurança têm feito a sua parte e, dentro do que é possível, dado respostas à sociedade, com prisões importantes e tirando armas e drogas de circulação. Mas não para por aí. Segundo uma fonte informou a este repórter, operações estão sendo planejadas para os próximos dias com o objetivo de prender os responsáveis pelas cenas de terror que têm tirado o sossego do cidadão de bem. Que chegue logo esse dia.

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