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Bolsonaro se escondeu na Embaixada da Hungria após operação da PF que apreendeu seu passaporte, em fevereiro

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No dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal brasileira confiscou o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro e deteve dois de seus ex-auxiliares, acusados de planejar um golpe após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Quatro dias depois, Bolsonaro foi avistado na entrada da Embaixada da Hungria no Brasil, conforme imagens de segurança obtidas pelo The New York Times. Ele permaneceu na embaixada por dois dias, acompanhado por seguranças e recebido pelo embaixador húngaro e funcionários.

A estadia na embaixada sugere que Bolsonaro buscava apoio de Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria e aliado de extrema-direita, para escapar do sistema de justiça brasileiro, já que enfrenta várias investigações criminais no Brasil. Bolsonaro e Orban têm uma relação próxima há anos, compartilhando ideologias de extrema-direita.

Bolsonaro enfrenta crescentes investigações criminais no Brasil, incluindo acusações de participação em planos para vender joias recebidas como presentes de estado e falsificação de registros de vacinação contra a COVID-19. A Polícia Federal recomendou acusações criminais contra ele no caso dos cartões de vacina falsos.

Após a estadia na embaixada, Bolsonaro realizou um comício em São Paulo, alegando ser vítima de perseguição política. Seus advogados argumentam que o Supremo Tribunal Federal do Brasil abusou de seu poder e interferiu nas eleições de 2022. Documentos recentes do Supremo revelam que líderes militares brasileiros recusaram um plano de Bolsonaro para reverter os resultados das eleições de 2022, ameaçando prendê-lo caso tentasse.

Bolsonaro afirmou não temer a prisão, ressaltando sua decisão de voltar ao Brasil apesar das possibilidades legais. A situação levanta especulações sobre uma possível fuga da justiça, especialmente considerando que dois de seus filhos solicitaram passaportes italianos. Bolsonaro já havia passado três meses na Flórida após deixar o cargo.

O artigo em inglês, do The New York Times, mostra os vídeos recuperados pelo jornal.

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