O ex-aluno da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Vinícius Krug de Souza, que tentou se formar com uma suástica pintada no rosto, se tornou réu nesta-sexta-feira (27).
O fato ocorreu após a Justiça acatar a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul contra Vinícius, na ocasião estudante da UFRGS, por apologia ao nazismo. Na decisão, o juiz Frederico Menegaz Conrado, titular da 8ª Vara Criminal de Porto Alegre, entendeu que "os requisitos legais foram cumpridos, permitindo que o processo siga".
Na denúncia oferecida no começo desta semana, o MP cita que o então formando também estava pintado com outros desenhos com conotações extremistas, além de escolher uma música "comumente vinculada a manifestações de apologia ao nazismo" para a formatura.
À época do caso, ao tomar conhecimento do ocorrido, o vice-reitor e o coordenador de segurança abordaram o estudante, que estava se formando no curso de Engenharia de Minas, e o proibiram de participar da colação de grau com a suástica no rosto.
Posteriormente, ele alegou que o símbolo se de uma imagem hindu, mas foi advertido de que, caso não apagasse a pintura, seria encaminhado à Polícia Federal para registro de ocorrência.
Diante da advertência, o estudante concordou em apagar a suástica e permaneceu na cerimônia com outros símbolos sem relação com o nazismo.
Após o ocorrido a UFRGS registrou a ocorrência na Superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre, seguindo orientação da Procuradoria Federal da universidade.
"Foi exatamente isso que o denunciado quis fazer, embora também seja fato que ele tenha apresentado uma outra versão aos acontecimentos", disse o promotor Sérgio Harris.
A apologia ao nazismo é crime no Brasil, previsto na Lei nº 7.716/89, que considera crime “fabricar, comercializar, distribuir ou divulgar símbolos, emblemas, ornamentos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou suásticas para fins de divulgação do nazismo”.
Em caso de condenação, a pena prevista para o crime de apologia ao nazismo é de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.
A CNN tenta localizar a defesa do estudante.
Fonte: CNN Brasil
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