A Paraíba possui a quinta maior média entre os estados do Brasil no número de pacientes beneficiados no tratamento para o glaucoma, com 18,1 mil pacientes tratados em média por ano. No topo do ranking estão Minas Gerais, com 71,5 mil pacientes beneficiados; Bahia, com 58,1 mil; São Paulo, com 33,9 mil; e Pernambuco, com 31,2 mil.
Nos últimos cinco anos, cerca de 300 mil brasileiros foram acompanhados e tratados para evitar a perda total da visão devido ao glaucoma, a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Os dados são do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), divulgados no Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, lembrado neste domingo (26).
Dados nacionais
Segundo o CBO, mais de 1,7 milhão de pessoas devem ter glaucoma no Brasil. Estima-se que 2% da população acima de 40 anos possa apresentar a doença. Dados do último censo do IBGE, de 2022, indicam que a faixa etária acima de 40 anos concentra 85,9 milhões de pessoas.
Estudos mostram que o glaucoma é mais comum em pessoas negras e mulatas (3,8%) comparadas às brancas (2,1%). Fatores como histórico familiar, ser negro ou asiático, ter miopia, pressão intraocular elevada ou outras doenças oculares aumentam as chances de desenvolver a doença.
Nordeste lidera atendimentos
Entre 2019 e 2023, o Nordeste concentrou o maior número de tratamentos para glaucoma no país, com média anual de 141,6 mil pacientes. A Paraíba se destaca dentro da região, ficando atrás apenas de Bahia, Pernambuco e Ceará.
A maioria dos pacientes em tratamento tem mais de 40 anos, e mulheres representam quase 70% das pessoas que recebem os medicamentos.
Tratamento gratuito
Desde 2008, o Programa de Atenção ao Paciente Portador de Glaucoma, instituído pelo Ministério da Saúde, fornece gratuitamente pelo SUS colírios para o tratamento do glaucoma. Em 2023, foram registradas 1.229.822 retiradas de medicamentos, resultando em cerca de 307 mil casos tratados.
O glaucoma ocorre devido ao aumento da pressão intraocular, causando perda de visão pela destruição do nervo óptico. Intervenções clínicas ou cirúrgicas podem interromper a progressão da doença, mas não recuperam a visão já perdida.
