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Polícia Civil representa pela prisão preventiva de pediatra suspeito de estupros de vulneráveis

Médico não compareceu para prestar depoimento à polícia devido a um problema de saúde

Foto: Reprodução.
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A Polícia Civil representou, nesta quinta-feira (8), pela prisão preventiva do pediatra acusado de múltiplos abusos sexuais contra crianças, Fernando Paredes Cunha Lima. A representação será encaminhada ao Ministério Público para análise, e a decisão final sobre a prisão ficará a cargo da Justiça.

A delegada Isabel Bezerra levou em consideração os recentes depoimentos de mães de pacientes e familiares do médico, que relataram diversas situações de abuso. Até o momento, seis mulheres formalizaram denúncias contra Fernando Cunha Lima, incluindo três mães de pacientes, uma delas a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação, e duas sobrinhas do pediatra.

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Fernando Cunha Lima não compareceu para prestar depoimento à polícia devido a um problema de saúde que exigiu sua internação. A defesa informou que o pediatra teve um problema de saúde durante a madrugada e precisou ser internado urgentemente no Hospital da Unimed, em João Pessoa. Os advogados compareceram à delegacia para justificar a ausência do médico.

Relembre o caso

Segundo a Polícia Civil, a vítima estava em uma consulta de rotina com o médico no dia 25 de julho, quando a mãe presenciou o ato de violência sexual. Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da vítima relatou que estava com suas duas filhas no consultório de Fernando Cunha Lima. Enquanto ela transcrevia uma receita de medicamentos, o médico estava do outro lado do consultório, brincando com a filha caçula no colo e, simultaneamente, abusando da menina de 9 anos.

A mãe explicou que, ao terminar de transcrever a receita, levantou-se e se aproximou da frente da maca, momento em que viu o Fernando tocando as partes íntimas da criança. Ela imediatamente retirou a filha do local, dirigiu-se à delegacia e registrou a denúncia.

Com a crescente repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou ter sido abusada pelo pediatra quando tinha 9 anos, na década de 1990, junto com suas duas irmãs. As denúncias sugerem que os abusos ocorreram há pelo menos 33 anos, já que o relato se refere a um abuso ocorrido em 1991.

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) divulgou uma nota na quarta-feira (7) anunciando a abertura de uma sindicância para investigar o caso.

Confira a nota do CRM-PB:

Nota para a Imprensa
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) recebeu, na manhã desta quarta-feira (7), denúncia formal do advogado da família que acusa um médico de João Pessoa de ter cometido possível estupro de vulnerável. A partir deste momento, o CRM-PB abrirá sindicância para apurar o fato, o que normalmente demora 90 dias. O Conselho pretende agir de forma célere para concluir a apuração, já que há um interesse social relevante, dando o amplo direito de defesa ao acusado.

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