O candidato à Prefeitura de Campina Grande pelo partido Novo, Artur Bolinha, participou nesta segunda-feira (09) do programa Jornal 101, da Rádio POP Cariri, na série de entrevistas com os prefeitáveis campinenses. O candidato falou sobre suas posições ideológicas e valores conservadores. Ele destacou que a sua visão é alinhada com a do presidente Bolsonaro, defendendo princípios conservadores como a valorização da família e a oposição ao aborto.
Bolinha argumentou que a prática do aborto traz um trauma profundo para as mulheres que o realizam, e expressou solidariedade a elas, afirmando que não deve haver estímulo para a prática.
Ele abordou também a questão da defesa pessoal, mencionando que acredita no direito das pessoas de possuírem armas em casa para proteção, dado que a polícia não consegue estar presente em todos os momentos e lugares. Bolinha criticou o atual prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (UB), dizendo que ele não tem uma posição política clara e está “em cima do muro”, contrastando com sua própria clareza ideológica.
O candidato reforçou que seu apoio ao ex-presidente Bolsonaro não é apenas uma questão de buscar votos, mas sim de refletir suas posições políticas de forma transparente.
Confira o momento:
Saúde
Artur discutiu suas prioridades para a saúde em Campina Grande, afirmando que seu principal objetivo como prefeito seria fazer com que o sistema de saúde existente funcione de forma eficiente. Ele enfatizou que, ao garantir que os serviços de saúde funcionem bem, a qualidade de vida da população melhorará, resultando em pessoas mais saudáveis e felizes.
Ele criticou a atual gestão, mencionando que é inaceitável que as pessoas percam entes queridos devido ao descaso na saúde pública. Segundo ele, é um escândalo que a prefeitura tenha anunciado a data do próximo São João antes de resolver questões críticas, como a inauguração do Hospital da Criança e do Adolescente. Bolinha sugeriu que a administração atual está despriorizando a saúde e não está focada nas necessidades urgentes da população, como a abertura deste hospital.
“Eu não sei como é que alguém que está à frente da prefeitura dorme tranquilo com algo desse tipo acontecendo. Veja a inversão de prioridades. Campina Grande ontem anunciou a data do São João do ano que vem. Mas alguém do Campinha Grande sabe qual é a data de inauguração de funcionamento do Hospital da Criança? Então, quer dizer, veja a inversão de prioridade: ele não tem qualquer prioridade com a saúde, porque qualquer pessoa que tivesse esse prioridade sabia que o que ele deveria estar preocupado nesse momento é de colocar o Hospital da Criança para funcionar”, disse.
Fato político
Nesta segunda-feira (9), o prefeito Bruno Cunha Lima (UB), anunciou que o São João 2025 de Campina Grande está previsto para acontecer entre os dias 30 de maio e 6 de julho, com uma duração total de 38 dias. Bolinha criticou o fato de Bruno estar tomando decisões, como a definição de contratos e formatos de eventos, sem saber se será reeleito. Segundo o candidato, o prefeito não deveria definir nada importante durante o período eleitoral; essas decisões deveriam ser tomadas somente após as eleições, se ele fosse reeleito.
Ele sugeriu que essa abordagem poderia refletir um certo desespero para criar um fato político, uma tentativa de melhorar a imagem do prefeito, que, segundo ele, tem uma avaliação muito baixa, exceto pelo São João. O candidato ressaltou que esse evento é realizado pela iniciativa privada, não pela gestão municipal.
Bolinha também disse que defende um modelo de São João realizado pela iniciativa privada desde 2012, citando que, na época, o evento custava quase 15 milhões para os cofres públicos. Ele expressou satisfação por esse modelo ter sido adotado, mas criticou o prefeito atual por tentar criar um “fato político” para melhorar sua imagem diante da falta de realizações em outras áreas.