Eu gosto dos clássicos da literatura, embora, nem de perto, eu tenha lido o tanto que gostaria. Vejo nos clássicos algo de especial por saber que eles passaram pela maior prova que um livro pode passar: o tempo. Os clássicos do meu tempo já eram clássicos no tempo dos meus avós, bisavós. Já eram clássicos quando as gerações passadas nem sonhavam em vir ao mundo. Serão clássicos quando meus netos, bisnetos estiverem por aqui.
Há quem torça o nariz para as obras clássicas. Há quem aponte elitismo cultural para quem diz gostar de clássicos. Eu discordo de ambas as opiniões e sou admiradora dos clássicos. Como falei no início do texto, só lamento não ter lido tantos clássicos como eu gostaria. Nos últimos anos, tenho me dado esse prazer.
Um parêntese para dizer que nem todo clássico é fácil de ler, e, talvez, por isso, muitos abandonam a leitura. O vocabulário de algum deles não raro se torna incompreensível (mas para isso existe dicionário) ou deixa a leitura enfadonha.
Mas vencido esse obstáculo, que delícia ler um clássico!
Pegar um livro de Machado de Assis, por exemplo, e viajar em suas narrativas é algo que nos enriquece culturalmente. Como viver e não ler Dom Casmurro? Não conhecer Helena? Não morrer de rir com Quincas Borba e Rubião?
Vou citar outros, além do maior de todos que é Machado. Anna Karenina foi uma leitura que me pegou, e olhe que estou falando de um calhamaço de mais de 800 páginas. O próximo da minha lista é O retrato de Dorian Gray, que aguarda pacientemente ser tirado da estante. Está perto, prometo!
E você, costuma ler os clássicos?
Valéria Sinésio
Jornalista
