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Não lemos mais por falta de tempo ou pelo preço dos livros?

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Valéria Sinésio | Foto: Arquivo Pessoal

Muito se fala sobre leitura e sobre como esse hábito é benéfico para quem o faz, inclusive para as crianças. Mas há muitos fatores que se tornam impeditivos para tornar a leitura uma tarefa diária, assim como escovar os dentes ou tomar café. Os argumentos são vários, dentre eles, destaco dois: falta de tempo e preço dos livros.

Sobre o primeiro tópico, a falta de tempo, é algo que sempre escuto quando converso sobre leituras com as pessoas com as quais converso. Confesso, para mim, mesmo apaixonada por leitura, não é todo dia que consigo ler. Tento, de verdade, reservar ao menos 30 minutos de leitura diária em meio as outras atividades que tenho.

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Para isso, adotei algumas estratégias ao longo da vida: sempre ter um livro comigo – no carro, na mesa de cabeceira, nas pastas de trabalho, na bolsa (o Kindle). Sei que é tentador ficar no celular rolando o feed e mandar memes para os amigos (eu amo fazer isso), mas vamos combinar que é bem mais útil abrir um livro.

Então, para essa primeira justificativa de que não se lê por falta de tempo, os argumentos não se sustentam. É preciso priorizar, não tem outro jeito. Não precisar ler um calhamaço, mas é possível escolher um livro (começa com um fininho) e ler um pouco a cada dia. Reserva 10, 15 minutos e se entrega à leitura. Um pouco a cada dia até tomar gosto.

Custo do livro pesa no bolso

Em relação aos valores dos livros, precisamos concordar que livro ainda é muito caro no Brasil. E como incentivar a leitura diante de preços, muitas vezes, exorbitantes? Só para exemplificar, um dos livros na minha lista de desejos atualmente custa inacreditáveis quase R$ 90,00 (vou esperar alguma promoção para adquiri-lo).

Ora, tanto para quem compra livros com frequência como para quem compra ocasionalmente, o preço do livro pesa no bolso (aqui a gente lembra com carinho dos aplicativos de leitura que permitem a aquisição de livros a preços bem mais acessíveis).

Uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado, mostra que cerca de 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses. A maioria, dentre as pessoas que compraram ao menos um livro, é mulher (57%); homens foram 43% dos compradores.

São percentuais que nos fazem refletir: será mesmo que essas pessoas não leem porque não querem ou porque não podem comprar livros?

Enquanto os valores não baixam, uma dica é pesquisar e garimpar os sebos. Fazer um rodízio de livros entre amigos também é válido. Os empréstimos (desde que o livro seja devolvido); e, claro, as livrarias físicas, que costumam fazer promoções interessantes, principalmente em algumas datas do ano.

Outra dica: visite bibliotecas públicas (temos poucas, infelizmente, mas temos).

Esse, inclusive, será o tema da próxima coluna. Até lá!

Valéria Sinésio

Jornalista e radialista formada pela UFPB. Possui mestrado em jornalismo e especialização em redação jornalística e em marketing político.

Foi repórter do Jornal da Paraíba e colaboradora do portal UOL Notícias. Atuou nas editorias de política, cidades, economia e cotidiano.

Ganhou nove prêmios de jornalismo.

Atualmente trabalha com assessoria política e redes sociais.

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